segunda-feira, 10 de maio de 2010

DIA DAS MÃES EM GRAMADO

Poder passar o dia das mães com a mãe da gente sempre é muito bom. Família reunida, claro, sempre falta alguém, e no meu caso, tinha que ser meu filho mais velho, que nos últimos anos está sempre longe... Já é comum a falta dele nestas comemorações. É uma pena. Pois são momentos únicos.. Mas ele está bem, e isto é muito mais importante. Voltando ao que estava em pauta, passamos um domingo ótimo. Cheio de lembranças boas, de planos melhores ainda. E com meu novo presente, pude registrar cada momento. ADOREIIII! Sempre quis ter minha máquina fotográfica. Temos várias em casa. Mas uma só minha, é a primeira. Eu faço dela o que quiser, decido o que fotografar e quando. Eu sou a única mulher em casa, além da minha cadelinha, a Lilica uma poodel micro toy de nove anos, são três filhos homens mais o marido. Já viram, não é nada fácil, nunca sei fazer nada. Mas agora com a MINHA máquina, ninguém me segura.
Espero que todas as mamães tenham tido um dia maravilhoso também, pois é o mínimo que merecemos.
Nesta foto, são dois dos meus filhos, eu e minha mãe.
abaixo da foto, é um email que recebi de uma amiga. Achei muito bom. Espero que vocês curtam também.



 MÃES MÁS


Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
"Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão".

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que eles soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar pelas balas que tiraram da mercearia, ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".


Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé duas horas junto deles, enquanto limpavam o quarto: tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por eles, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que poderiam me odiar por isso - e em alguns momentos até me odiaram.

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... porque no final eles venceram também!

E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer, quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: "Sim... Nossa mãe era má! Era a mãe mais má do mundo..."
As outras crianças comiam doces no café da manhã, e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas.

As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvete no almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora - tocava nosso celular de madrugada.
Era quase uma prisão; mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que eles faziam.

Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorasse só uma hora ou até menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil.

Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos que achávamos cruéis.
Eu acho que ela dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata.
Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos.

Tinham que subir, bater à porta para ela os conhecer.

Enquanto todos podiam voltar à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16 para chegar mais tarde, e aquela "chata" levantava para saber se a festa foi boa - só para ver como estávamos ao voltar.


Por causa de mãe, nós perdemos algumas experiências da adolescência.
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

Foi tudo por causa dela.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos "Pais Maus", tal como a nossa mãe foi.

Eu acho que é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes "
MÃES MÁS".

Um comentário:

Unknown disse...

Fiquei com ciúme da foto onde tu diz que estão teus filhos, mas eu não tô!!! Hahahahaha...
Mas adorei o email sobre as mães más. Fiquei com a dúvida se comigo tu não foi uma mãe tão má ou se fui eu que, apesar de tudo, agi como se tivesse uma mãe boa. Porque não segui todos os passos descritos no texto. Tive meus deslizes, cometi meus erros (apesar dos teus avisos), saí um pouco da linha, mas venho fazendo meu caminho. Com a supervisão e orientação da melhor mãe do mundo!!! Da melhor pessoa que existe nesse mundo!!! Pelo menos no meu mundo...
Assim, hoje posso dizer que é verdade que cada puxão de orelha foi válido, porque tu me ama o suficiente pra encarar a barra que é tentar me colocar limites. Só tu poderia fazer isso!!!
Por ter sido criado tão bem, por tu ter me ensinado valores tão nobres e sobre como ser uma pessoa boa e justa, também sei que te amo o suficiente pra achar que por mais que eu tente te explicar o tamanho desse amor, nunca vai ser suficiente.
Tento aqui, mais uma vez, demonstrar tudo que sinto.
Deixo aqui, mais uma vez, meu compromisso de fazer de cada lição que tu me passou, a base de uma vida que traga felicidade pra mim e para as pessoas a minha volta.
E termino lembrando que mesmo tendo começado sendo uma mãe meio boazinha, hoje tu pode dizer que aprendeu a ser uma mãe má. Uma mãe que aprendeu a ser má com seu filho Mau...
Um grande beijo cheio de saudades do teu filho Mau(rício)!!!